Era uma vez uma cidade cujas ruas sem iluminação e sem movimento conheciam o cheiro da droga, viam a miséria e serviam de berço para atenuar a dor. Não existiam paredes matreiras com ouvidos postos naquele pequeno mundo, ninguém via aquelas pessoas, ninguém imaginava...
A justificação era sempre a mesma: "quero esquecer os meus problemas", mas sempre que a "moca" acabava, os problemas permaneciam e cegos, passaram das drogas leves às pesadas sem se aperceberem que estavam a somar mais um problema às suas vidas.
Quando o dinheiro faltou, aperceberam-se que a droga era agora o coração. (o que não faz uma pessoa para sobreviver? até chega a por a própria vida em risco sem sequer se aperceber. Realmente a vida está a um passo da morte). Alguns morreram quando sentiram o cheiro de uma família, de um amor, de uma vida... outros foram morrendo com a justificação: "é um vício inquebrável, não consigo sair disto". Ah, outros ainda devem estar a ocupar as camas das instituições com medo que a fraqueza volte.
Hoje, as crianças acham tudo isto muito banal e que o "sol é a ponta do charro que Deus fuma" e que "eu sou bué livre"... Há pouco tempo vi um miúdo com cerca de 10 anos com um charro na mão... Como é que há gente capaz de vender tal coisa a crianças que não têm noção nenhuma da vida? O mas engraçado, é que toda a gente sabe quem são, menos a polícia!
Moral da história: quando pensares na droga como uma resolução para os teus problemas, lembra-te que estás só a criar mais um problema. Não existem borrachas compatíveis com as coisas más da vida...
quarta-feira
Subscrever:
Mensagens (Atom)