quarta-feira

quem sabe, nunca esquece

Era uma vez uma cidade cujas ruas sem iluminação e sem movimento conheciam o cheiro da droga, viam a miséria e serviam de berço para atenuar a dor. Não existiam paredes matreiras com ouvidos postos naquele pequeno mundo, ninguém via aquelas pessoas, ninguém imaginava...
A justificação era sempre a mesma: "quero esquecer os meus problemas", mas sempre que a "moca" acabava, os problemas permaneciam e cegos, passaram das drogas leves às pesadas sem se aperceberem que estavam a somar mais um problema às suas vidas.
Quando o dinheiro faltou, aperceberam-se que a droga era agora o coração. (o que não faz uma pessoa para sobreviver? até chega a por a própria vida em risco sem sequer se aperceber. Realmente a vida está a um passo da morte). Alguns morreram quando sentiram o cheiro de uma família, de um amor, de uma vida... outros foram morrendo com a justificação: "é um vício inquebrável, não consigo sair disto". Ah, outros ainda devem estar a ocupar as camas das instituições com medo que a fraqueza volte.
Hoje, as crianças acham tudo isto muito banal e que o "sol é a ponta do charro que Deus fuma" e que "eu sou bué livre"... Há pouco tempo vi um miúdo com cerca de 10 anos com um charro na mão... Como é que há gente capaz de vender tal coisa a crianças que não têm noção nenhuma da vida? O mas engraçado, é que toda a gente sabe quem são, menos a polícia!

Moral da história: quando pensares na droga como uma resolução para os teus problemas, lembra-te que estás só a criar mais um problema. Não existem borrachas compatíveis com as coisas más da vida...

quarta-feira

goodbye sun

A minha cama fica mesmo junto á janela e embora os estores não me permitissem ver o exterior, quando pus a cabeça fora dos cobertores senti que o sol se tinha ido embora, o ar do meu quarto estava frio e por isso adormeci e acordei vezes sem conta até que cai na realidade: hoje não vai estar um daqueles dias que tu gostas, levanta-te e faz-te á vida. E aqui estou eu com os ouvidos postos na minha consciência. Hoje é um daqueles dias em que apetece fazer tudo só para não me agarrar aos livros de História (tenho um longo dia para me agarrar á questão do liberalismo). Já devia ter começado, mas apeteceu-me vir até aqui escrever qualquer coisinha, embora não ande muito inspirada para tal. AH, antes de chegar ao blogger, meti os olhos no título de uma noticia que aparece hoje em http://pt.msn.com/ :

"Ministra de Educação quer dar mais força a directores de escolas para resolver violência"

 
No meu entender, não é uma questão de força, mas sim de atenção e disponibilidade. Se os senhores directores levantarem o rabo da cadeira que tanto lhes dá orgulho e poder (sobre exactamente não sei o quê) e se ouvissem mais os alunos, se em todas as escolas fosse obrigatório existir um gabinete de psicologia gratuito, se também os porteiros largarem o tabaco e os olhares sobre o corpo das alunas e prestassem atenção ás entradas e saídas das escolas... tenho a certeza que nada seria como está a ser. Os alunos têm que sentir um apoio, têm que estar seguros, têm que ter com quem falar e a partir do momento em que o fazem a escola deve tomar de imediato providências e prestar segurança.
A senhora Ministra da Educação acha o quê? Que os directores precisam de mais força porque se sentem realmente preocupados com a situação? Muitos preocupam-se, sim, mas é com a nódoa negra que se aproxima do nome da escola.

(acho que agora sim, ganhei coragem para pôr olhos nos livros de história e recordar um Portugal diferente)

terça-feira

"olha um 8"

quanto tempo tem o tempo que leva as memórias?

segunda-feira

A força de vontade é o que nos transporta
Há pessoas que não vivem, limitam-se a existir.